JUCO

Juventude Comunista Brasileira

Somos a Juventude Comunista Brasileira – Juco, uma organização de jovens comunistas ligada política e ideologicamente à Unidade Comunista Brasileira – UCB. A UCB surge como organização em julho de 2019, fruto da fusão entre as organizações Caminhos do Comum e Iniciativa Comunista Brasileira, após um intenso e fecundo debate sobre o caráter do capitalismo em tempos de crise estrutural, o desenvolvimento do imperialismo e sua crescente agressividade, a conjuntura internacional, a formação social brasileira, as vicissitudes da luta de classes no Brasil ao longo das últimas décadas, e as necessidades organizativas para a superação dos desafios deste tempo histórico.

Entendemos que a solução duradoura para todos os principais problemas da classe trabalhadora e das massas oprimidas brasileiras depende da construção do socialismo em nosso país. Não se trata de mera opinião, nem de ideologia desfalcada da realidade. Trata-se de perceber que o máximo que se poderia alcançar no interior da sociedade capitalista já foi alcançado, especialmente no período entre 1988 e 2016. A classe dominante brasileira, ao longo dos séculos, criou uma estrutura de dominação interna contra os pobres e de subordinação externa em favor do imperialismo que impede a democratização efetiva das relações econômicas, sociais e políticas no Brasil. As tentativas de democratizar a nossa sociedade, mesmo que tímidas, sempre acabaram em golpe de Estado.

A superação das ilusões na democracia burguesa é um processo necessário para que se possa avançar na construção de uma sociedade verdadeiramente democrática no Brasil, o que só poderá ser feito pelo movimento popular, sob a direção do proletariado, com base em um projeto oposto aos interesses dos monopólios, do latifúndio e do imperialismo, como defendia Luiz Carlos Prestes. Precisamos formar um bloco popular protagonizado pelo proletariado para enfrentar e derrotar o bloco de poder dominante formado pelos grandes monopólios empresariais, pelo latifúndio em todas as suas formas e pela associação destes com a dominação externa exercida pelo imperialismo. Entendemos que o imperialismo é um sistema de dominação do capitalismo sobre todos os povos do mundo, e tem seu centro de poder político e militar nos Estados Unidos da América, com a participação e a cumplicidade das principais potências europeias e do Japão.

O mundo tem passado por uma onda conservadora, impondo muitos retrocessos à classe trabalhadora. Temos um avanço da direita em algumas partes do mundo, o que muitas vezes nos dá a impressão de que não há vitórias do nosso lado, mas na América Latina, em especial, temos exemplos do contrário. Na Venezuela, o imperialismo tenta acabar com a revolução bolivariana a todo custo e não consegue. Cuba, apesar de todo o bloqueio econômico, resiste bravamente há seis décadas em um grande exemplo de resistência. A Bolívia e a Nicarágua seguem seus processos de soberania nacional. O México pode estar iniciando mais um grande processo de soberania nacional e de enfrentamento ao imperialismo. E são muitos exemplos, para ficar apenas na América Latina.

A Juventude Comunista Brasileira participa de todas as lutas populares em defesa dos direitos e garantias sociais, das instituições e do patrimônio públicos, das liberdades individuais e coletivas, dos recursos naturais, da biodiversidade, do meio ambiente e da soberania nacional. Na defesa destes direitos, estaremos sempre prontos para contribuir, organizar e participar de todas as lutas com todos os aliados que tenham estes objetivos. Ao mesmo tempo, entendemos ser necessária a aglutinação dos setores consequentemente de esquerda, que se proponham a construir caminhos para a revolução socialista em nosso país.

Reorganizar as forças populares com base em um programa de reivindicações coletivas de emancipação social é um trabalho e um método que precisa ser colocado em prática, e nos esforçaremos para contribuir nesta construção. Nos propomos a organizar a juventude em seus espaços de estudo, trabalho e moradia, contribuindo para a reorganização do movimento estudantil universitário, do movimento secundarista e dos jovens trabalhadores, sempre prezando pela unidade da luta juvenil com as lutas gerais da classe trabalhadora. A juventude precisa buscar interação e comprometimento com a maioria da classe, hoje desorganizada, precarizada e sem perspectivas. Precisamos dedicar esforços para com os desempregados, os precários, as populações pobres do campo, os ambulantes, e a população em situação de rua, contribuindo para que se organizem, tanto para reivindicar condições dignas de trabalho e de vida quanto para participar da luta pela sociedade futura.

Diante desse cenário político que há tempos é desfavorável e desanimador, que busca nos impôr o pessimismo, o imobilismo, a descrença nas organizações políticas, a busca por soluções individuais e o escapismo, para nós não há outra alternativa que não seguir o exemplo de Luiz Carlos Prestes, Che, Carlos Fonseca, Schafik Handal, Fidel, Manuel Marulanda, Cecilia Magni, Hugo Chávez, Gregório Bezerra, Olga Benário, Elisa Branco e muitos outros lutadores e lutadoras incansáveis que dedicaram suas vidas inteiras à destruição do capitalismo e à construção de um futuro melhor para a humanidade.

O comunismo é a juventude do mundo!

@JuventudeComunistaBrasileira

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