COVID-19, crise do capital e falência do neoliberalismo: como fica a classe trabalhadora?

Neste momento de Pandemia e de risco para todos os brasileiros, neste regime capitalista que vivemos, a classe trabalhadora precisa ter a clareza e a percepção de que, através da sua força de trabalho, faz o confronto na primeira linha e se expõe aos maiores riscos. São os trabalhadores que salvam vidas e mantém os serviços públicos e privados essenciais em funcionamento. A burguesia, pelo contrário, detém o acesso privilegiado aos melhores recursos materiais e humanos, o que lhe propicia melhores condições e probabilidades de sobreviver.

Após o golpe de 2016, se aprofundaram os ataques aos serviços públicos e aos direitos dos servidores. Este é o objetivo dos governos neoliberais: criar projetos para os interesses do mercado financeiro (com o argumento de uma dívida pública supostamente impagável) e de grupos empresariais que se beneficiarão com recursos públicos através das privatizações. 

A grande mídia hipócrita e tendenciosa não mede esforços para fantasiar e engabelar a grande massa trabalhadora, favorecendo um estado facínora, perverso e que privilegia a burguesia e seus interesses em todos a esferas governamentais. Criam ilusões que desviam sinuosamente o foco do problema usando desde pequenas homenagens aos trabalhadores até incidentes diplomáticos. Mantém um silêncio cúmplice, ignorando as manifestações de especialistas, pesquisadores e redes sociais que apontam a REVOGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 95, (que congelou o teto de gastos PÚBLICOS para saúde e educação desde 2016) como uma das soluções PARA ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DO COVID-19, fortalecendo o SUS e garantindo o direito básico e constitucional à saúde da população. 

Somente com o entendimento da realidade política e econômica, com muita disposição de luta, a classe trabalhadora poderá fazer o enfrentamento às classes dominantes e mudar esta realidade.

É preciso acabar com a precarização do trabalho, desigualdade social, amparar os mais pobres e necessitados e  restabelecer os direitos sociais de todos os trabalhadores. Esta luta deve ser permanente e sem tréguas, fortalecida e forjada com a organização política da classe trabalhadora.

D.N. – Unidade Comunista Brasileira – UCB

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